segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Uma noite em 67 - Documentário completo

Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa - disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. 
 As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com “Roda Viva”; Caetano Veloso, com “Alegria, Alegria”’; Gilberto Gil e os Mutantes, com “Domingo no Parque”; Edu Lobo, com “Ponteio”; Roberto Carlos, com o samba “Maria, Carnaval e Cinzas”; e Sérgio Ricardo, com “Beto Bom de Bola”. A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País. naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”, resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção “Beto Bom de Bola”. 

 O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível. 

Notas da imprensa 

 "Para quem viveu aqueles anos, trata-se de um passeio pela memória; para quem, daquelas canções, conhece apenas as lendas (...), o filme é um passeio pelo Brasil que fez manifestação contra a guitarra elétrica e, calado pela ditadura, parecia disposto a vaiar quem quer que fosse, de Roberto Carlos a Caetano Veloso" (Ana Paula Sousa – Folha de S. Paulo) "

Contra a azia e a má digestão causadas pelas recentes falas de dois generais, existe um antiácido. Trata-se do documentário "Uma Noite em 67", de Renato Terra e Ricardo Calil (...). 
É uma deliciosa viagem" (Zuenir Ventura – O Globo) . 

 "O filme faz uma excepcional prospecção de imagens da época e acerta ao preservar as apresentações completas dos concorrentes" (Luiz Zanin – O Estado de S. Paulo) inesquecível. 

 "O filme é mais do que ‘musical’. É político, ideológico. Foi, para mim, uma experiência visceral." (Luiz Carlos Merten – O Estado de S. Paulo) 

 "Um programa de TV? Um ringue de luta? Uma festinha doméstica de fim de ano? Ou um microcosmo da cultura em transformação? O festival foi tudo isso e muito mais. O filme o rememora mediante reflexões reveladoras, contradições expostas e informações inéditas de bastidores. Não precisa mais que isso para se ter um bom documentário." (Carlos Alberto Mattos) 

 "'Uma Noite em 67' é um documentário sobre seis canções. Simples assim. O complexo, na história do filme e do Brasil, é que em torno dessas apresentações giraram e ainda giram as questões mais essenciais da nossa cultura popular." (Carlos Nader, documentarista - Trip) 

 "Nos divertimos muito vendo o documentário Uma Noite em 67. O formato é simples, alternando imagens da época com depoimentos recentes dos cantores, mas generoso em detalhes." (Daniel Piza, O Estado de S. Paulo).

Ficha técnica
 Direção: Renato Terra e Ricardo Calil Coprodução: VideoFilmes e Record Entretenimento Produção executiva: João Moreira Salles e Maurício Andrade Ramos Consultoria: Zuza Homem de Mello Direção de Fotografia: Jacques Cheuiche Som: Valéria Ferro Montagem: Jordana Berg Mixagem: Denilson Campos Produção: Beth Accioly Coordenação de produção: Carolina Benevides Coordenação de finalização: Bianca Costa Pesquisa: Antônio Venâncio.

 Sinopse
 No teatro: aplausos, vaias, um violão quebrado, guitarras estridentes. No palco: os jovens Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo. As músicas: “Roda Viva”, “Ponteio”, “Alegria, Alegria”, “Domingo no Parque”. E só um deles sairia vencedor. Isso é Uma Noite em 67, um convite para viver a final do Festival da Record que mudou os rumos da MPB.

 Contexto histórico 

 Entre 1965 e 1972, o Brasil viveu o auge do que ficou conhecido como a Era dos Festivais. Organizados pelas TVs Record, Excelsior, Globo e Rio em forma de programas de auditório, os festivais eram grandes competições da música brasileira que se mostraram capazes de mobilizar a população tanto quanto uma disputa de clássicos no futebol. 

 Nesses programas, novos compositores e intérpretes ganhavam espaço para mostrar seu talento. Nomes como Elis Regina, Jair Rodrigues, Edu Lobo, Nara Leão, Chico Buarque, Caetano Veloso, Jorge Ben e Raul Seixas emocionaram multidões em apresentações históricas, sedimentaram suas carreiras e ajudaram a fazer a transição do intimismo da bossa nova e do samba-canção para a encruzilhada de possibilidades da MPB. Tradição e modernidade se desentenderam e fizeram as pazes nos festivais – especialmente no da TV Record, de 1967, no qual as tensões políticas do País ajudaram a esquentar uma já quente briga. O saldo da edição foi um violão quebrado, uma MPB inaugurada e algumas canções imortalizadas. 

 Mais informações sobre a Era dos Festivais em: www.eradosfestivais.com.br

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

REGISTRO - Festa de Iemanjá em ITACARÉ - Bahia -

Flores, alfazema, champanhe e muito mais foram armazenado nos balaios antes de ser levado para alto mar para ser entregue a uma mulher muito vaidosa, os festejos para a divindade considerada a rainha do mar no Candomblé foram um dos mais organizados na cidade de Itacaré, as embarcações que levavam as oferendas e a imagem da Rainha saíram mar adentro onde muita devoção e alegria tomaram conta do dia 2 de fevereiro na cidade.
O diretor de eventos Miguel Reis falou da importância e o cuidado com mais essa tradição, pois muitas outras se perderam no tempo e o mesmo não pode acontecer com a festa da rainha do mar e que ano que vem a festa terá algumas novidades. A festa também contou com a presença da Casa do Boneco que animou os moradores e turistas com samba de roda entre outras apresentações, teve também a tradicional capoeira com o mestre Peroá, turistas caíram na roda e o fim de tarde ficou repleto de muita diversão. A tradição dos festejos para a Rainha do Mar começou em 1923, quando houve uma diminuição da oferta de peixes da Vila dos Pescadores do Rio Vermelho. Decididos a pedir ajuda a Iemanjá, os pescadores ofereceram presentes à orixá, descrita no candomblé como uma mulher muito bela e vaidosa. Ao longo dos 80 anos de história, a celebração do dia de Iemanjá em 2 de fevereiro se firmou no calendário de festas da Bahia e, assim como outras manifestações religiosas, também tem a sua parte profana, com barraquinhas e festas em todas as ruas do Rio Vermelho.